sábado, 29 de novembro de 2014

Transformação a cada 26 mil anos é prevista para os próximos anos


Norte pode tornar-se Sul em menos de 100 anos

Universidade California BerkeleyMapa com as contas dos cientistas da Universidade Berkeley California com o polo Norte na Antártica há 786 mil anos, altura em que se alterou para o Ártico tal como hoje o conhecemos.

O campo magnético da Terra está a alterar-se a uma velocidade maior que o esperado, descobriram cientistas norte-americanos. Em menos de um século, Norte e Sul poderão trocar de posição, trazendo consequências para o nosso Mundo.

O campo magnético da Terra tem dois polos opostos, tal como um íman. Normalmente mantém a mesma intensidade durante milhões de anos, mas de vez em quando enfraquece e alterna a direção - um processo que os cientistas acreditavam demorar centenas ou milhares de anos.

Num estudo publicado na revista Geophysical Journal International, uma equipa de cientistas da Universidade California Berkeley revela ter descoberto que está a ocorrer uma alteração no campo magnético da Terra a uma velocidade maior. A última alteração ocorreu há 786 mil anos. Agora deverá acontecer em 100 anos.

"É extraordinária a rapidez desta alteração", afirma uma das autoras da investigação, Courtney Sprain, num comunicado publicado no site da Universidade. A equipa estudou as camadas de sedimentos no antigo lago Sulmona, perto de Roma, que foram depositados durante um período de erupções vulcânicas que durou 10 mil anos. O campo magnético influenciava o local onde a cinza ficava depositada no fundo do lago, dando aos cientistas as provas da direção do Norte e do Sul. 

Uma alteração destas afectará as ligações elétricas pelo Mundo, podendo mesmo vir a desligar tudo. O campo magnético da Terra protege-nos da radiação solar pelo que poderemos ficar mais vulneráveis aos raios cósmicos.