ROBERTO AZEVEDO
O desgaste e a eleição
Longas permanências nas administrações federal e estadual colocam PT e PMDB na defesa de seus projetos com discursos envelhecidos
Um assunto que muitos partidos, mas principalmente PT e PMDB não querem ouvir falar é no desgaste de longas permanências à frente de uma administração. No final de 2014, ano eleitoral, petistas no plano federal e peemedebistas no plano estadual estarão 12 anos ininterruptos no comando do país e de Santa Catarina.
Daí o porquê ser tão frequente que o pessoal do PMDB catarinense faça questão de dizer que é inquilino do governo de Raimundo Colombo, quando tem posição privilegiada na gestão da qual é “sócio-proprietário”. Tampouco avalia a fadiga de material do discurso, no mesmo período, principalmente quando prega inovação, diferenças, ou uma candidatura própria na sucessão do aliado Colombo.
O instituto da reeleição criou esta distorção, onde eleições passaram a ser, de certa forma, plebiscitárias, que avaliam, em regra, o debate sobre se o atual governo é bom e se deve prosseguir, enquanto fica em segundo plano o que pode melhorar ou se existe alguma alternativa entre seus opositores. Enfim, os petistas defendem com unhas e dentes as conquistas sociais de Lula e Dilma, e os peemedebistas as realizações descentralizadoras de Luiz Henrique.
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